Estava meio sem rumo, tentando me fazer caber em mim, tentando tirar esse mundo enorme das minhas costas e aceitar que não posso mudar tudo e todos. E acreditem, eu tentei. Fiz um esforço desumano para mostrar às pessoas que é necessário atitude para mudar o mundo e, nesse momento, me decepcionei. Porque de alguma maneira só eu quero ser revolucionária, só eu quero fazer o meu planeta lunático se movimentar (meu planeta lunático seria o nome do meu novo blog e quer dizer o local onde vivo, casa, cidade, estado, país; entendam como quiserem), só eu quero gritar e obrigar todos a me ouvir.
E então sou forçada a me calar, a aceitar de cabeça baixa que todos façam o que quiserem e novamente sinto que tudo o que ouvem de mim é o silêncio. Sou o tipo de menina boazinha demais para ir contra as regras, lutar contra o sistema ou mesmo fazer o meu planeta lunático girar ao contrário. É, para isso, é preciso audácia, é preciso não temer as consequências e mandar o mundo explodir.
Eu não sou assim, então o máximo que consigo é tentar incomodar a todos com o meu silêncio, fazer com que todos o escutem e o rejeitem, como alguém que rejeita veneno, pois quanto mais gente rejeitar o meu silêncio, mais pessoas saberão que a menininha quietinha que tira notas altas, que estuda, que não desrespeita as regras, que ajuda os pais é na verdade uma menina revoltada e revolucionária, que sonha em mudar o mundo, transformar o planeta e fazer as coisas diferente. Sou iludida sim, pois ainda acredito na politica, acho que a melhor forma de fazer as coisas acontecerem é reunindo pessoas com mesmo ideal e mais do que isso. Eu ainda penso que uma pessoa pode mudar o mundo inteiro.
beijos e gritos
de uma revolucionária qualquer
