"Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia."
Dumbledore

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Acreditar!



Não sei em qual esquina da vida ou em qual bifurcação eu me tornei quem sou. Não sei quando foi que eu parei de sonhar com o amor ideal e passei a duvidar de sua existência. Não sei como me tornei tão cética com isso, mas o fato é que me tornei. Virei aquela menina que faz careta quando alguém fala sobre começar a namorar, quando o assunto é casamento então... Eu simplesmente parei de acreditar naquilo que a maioria das pessoas esperam a vida inteira que aconteça. Tornei-me cética, amarga para alguns, desiludida para outros. Enfim, a questão é que eu não acredito mais com a mesma fé, eu somente cumpro a função social de acreditar minimamente, porque, afinal, tenho pais e tios e primos e avós que são casados e (espero) felizes.
Na verdade, o motivo de escrever o texto não foi para falar do quanto sou cética com relação ao amor idealizado, à paixão, à paixonite e etc. O motivo foi justamente o contrário; hoje, eu vi uma dessas ações que fazem pessoas como eu duvidarem e não foi nada grande feito por alguém famoso ou num programa de Tv. Foi um vídeo que deve ter uns 2 minutos e em nenhum momento a pessoa declara seu amor. Talvez seja essa a parte mais bonita, a atitude fala por si só. Eu não sei se posso divulgar o vídeo aqui porque ele se trata de uma amiga, mas nem é o vídeo que importa, mas sim o ato.
Foi o ato que me fez sentar aqui e simplesmente tentar escrever, foi o ato que me fez pensar e refletir. E não que isso vai mudar o que eu penso sobre o sentimento. Mas é realmente maravilhoso ter consciência de que as pessoas ainda são capazes de pequenos atos que representem muito.
Talvez seja só eu fazendo uma grande algazarra por nada, mas fato é que o vídeo realmente me tocou. Porque, quando eu acordo de manhã e tento mais uma vez renovar minha fé, eu não penso nem por um momento naquela super declaração de amor que o jogador famoso fez para a sua nova namorada nem naquela ação que aconteceu naquele filme super fofo (Não que elas não valham. É só que eu tenho dificuldades em acreditar nelas. Elas não são reais, foram pensadas e programadas para chocar e iludir a população); eu penso em pequenos atos como esse vídeo e outros que vemos no nosso dia-a-dia. Eu tento fazer quase como aquele vídeo que mostrava momentos bons que as câmeras de seguranças registravam todos os dias.
Talvez eu seja problemática, quer dizer, não deve ser normal sair na rua procurando atos bons a sua volta; ou talvez eu seja problemática por ter que renovar minha fé nesse sentimento todos os dias. Não importa, nunca me preocupei com ser normal e nem é essa a questão. (Só prevenindo possíveis comentários).
Enfim, o que importa é que quando acordar amanhã lembrarei-me desse vídeo e sentirei-me extremamente feliz, não só por conseguir acreditar mesmo que por poucas horas, mas também porque sei que a pessoa que recebeu a homenagem merece todo esse sentimento. Porque eu sei que ela pensava semelhante a mim e, agora, bom, agora ela está feliz. E é o que importa hoje.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Sobre aquilo que continuo sendo e sou de verdade


(Fonte: We heart it - postado por Bianca Borges)

Todo ano eu vejo as pessoas se encherem a boca para falar como mudaram de um ano para o outro. E vale as coisas mais toscas como a coragem de arriscar cortar franjinha (--'). Parece que a moda é mudar. Vale tudo, qualquer coisa para tentar se mostrar "para frente", "cabeça aberta", "moderno".
Eu, particularmente, adoro mudanças. Mas, tem que ser mudanças de verdade, tem que ser porque acredito no novo que se apresenta ou porque o velho já não me cabe. Tem que ser REAL, não só para mostrar para os outros. Então, em "protesto", resolvi escrever um texto sobre aquilo que continuo sendo. Mas não as coisas bonitinhas que a sociedade admira, mas sim aquilo que eu acho real (e alguns tenho até uma pontinha de orgulho).
O que eu continuo sendo:
Ainda sou a mesma menina preguiçosa. Ainda considero que comer é a melhor coisa do mundo. Ainda não sei me comportar em publico, principalmente quando uso saia e maquiagem (Sentar como uma dama, realmente, não é para mim). Ainda acho que mudarei o mundo (E não desistirei enquanto não tentar de fato). Ainda admiro pessoas que a sociedade considera errada e muitas vezes quero ter atitudes semelhantes (Porque eu acho FODA arriscar sua vida para defender aquilo que acredita). Ainda não perco a oportunidade de chocar algumas pessoas caretas e preconceituosas, principalmente, quando elas são da minha família (Eu acredito que seja minha missão diminuir um pouco a caretice deles rs). Ainda sou chamada de Hippie, de Comunista, de Iludida, de Anarquista, de Alternativa, de Porra Louca e de outros (eu nem sei se são xingamentos ou elogios, mesmo que não me definam, pelo menos me divertem). Ainda acredito naquilo que quero não no que me é imposto. Ainda não me importo com julgamentos de gente nada a ver. Ainda não me preocupo em, e nem quero, ser popular. Ainda faço muitas coisas só porque me proibiram de fazer (Porque proibir só por proibir é idiotice, eu aceito explicações não proibições). Ainda ajo como criança (Em especial, quando está chovendo). Ainda defendo aquilo que acredito até o fim. Ainda acho que nasci na década errada (Porque não ter Beatles, Legião, Cazuza, Nirvana, Queen e outros, sem contar os momentos históricos: Luta contra a Ditadura, Diretas Já, Maio de 68, Os Caras Pintadas, Contra Cultura, Woodstock  e outros - É sacanagem.). Ainda sou ativista de muitas causas (Algumas que nem me afetam diretamente). Ainda sou estranha. Ainda não sou apta ao convívio social. Ainda curto coisas alternativas. Ainda tenho um desejo quase incontrolável de pegar minhas coisas e viajar para qualquer lugar, só pegar o carro e dirigir até sentir vontade de parar. Ainda prefiro o futebol à novela e Handebol ao futebol. Ainda adoro livros. Ainda adoro coisas que as pessoas consideram estranhas. Ainda acredito que a unanimidade é burra. Ainda me orgulho de tudo aquilo que me faz diferente dessa gente careta e igual. AINDA ESCREVO.
Acho que tem muitos "aindas" que eu poderia escrever, mas já está bom, né? O principal objetivo desse texto é ir contra toda essa chatice de ficar falando tudo aquilo que mudou só para pagar de "cabeça aberta". Não que eu ache que ser "cabeça aberta" seja ruim, na verdade, eu quero que mais gente seja "cabeça aberta" sem preconceitos e talz, mas eu quero que a pessoa seja de verdade não que finja ser.
Enfim, esse texto foi mais um "desabafo". Porque me irritou essa falsidade toda.

Sobre 2014

(Fonte: Google - Por Wagner Campos)

Já faz 15 dias desde o começo do ano e eu ainda não escrevi nada sobre 2014. Não é que eu não tenha tentando, acreditem, todos os dias eu entro no blog e tento escrever algo e todos os dias eu desisto depois de duas linhas toscas e sem sentido. Então, no outro dia, eu entro de novo, apago tudo aquilo que tinha escrito e tento mais uma vez. Nada bom o suficiente.
Antigamente, seria a coisa mais fácil do mundo, para mim, falar sobre um novo ano. Como todas as outras vezes, eu falaria de tudo que vivi no ano anterior dos sorrisos, das lágrimas, dos abraços, do aprendizado e também falaria da esperança que um novo ano carrega, de toda essa expectativa que ronda o primeiro mês de um ano, só para mais tarde cairmos na rotina e fazermos as mesmas coisas que nos anos anteriores.
Porém, esse ano, eu não quero falar todos esses clichês. Não quero proclamar o início de nossas vidas como se o fato do relógio ter marcado meia noite, simplesmente, fizesse com que  todos os nossos erros e todas as cicatrizes do passado sumissem. Eles não sumiram, eles continuam ali. E, então, que espécie de novo começo é esse?
Eu sei que esse texto está soando pessimista demais, mas ele não é. Eu só estou cheia de clichês. Eles só tornam a vida mais difícil porque eles nos levam a idealizar algo que não acontecerá.
Então, não vamos falar sobre a vida que se inicia em 2014, mas sim sobre a vida que CONTINUA em 2014. E, eu, realmente, espero que ela continue cada vez melhor. Porque é claro que eu desejo a todos um ano cheio de realizações e felicidades, eu só não acredito que ao badalar meia noite tudo se transforme como mágica.
Sobre a minha vida que continua em 2014:
Eu quero continuar vivendo-a e vivendo-a bem. Essa é a missão de 2014.