"Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia."
Dumbledore

sábado, 31 de dezembro de 2011

2011 - 2012

É oficial, mesmo sem clima, sem poesia ou sem roupa branca esse é o ultimo dia do ano!!!
Vendo as retrospectivas da TV eu penso na minha RETROSPECTIVA. O que eu fiz esse ano, o que aconteceu esse ano?
Chorei muito, mas também sorri demais e ouso até dizer que não me arrependo das lágrimas, elas fazem parte do processo. Através das lágrimas, é possível perceber o amadurecimento de alguém: Bebes choram porque precisam, quando crianças choramos apenas por dor, mas em algum estagio da infância passamos a chorar também de tristeza, depois um pouco mais velhos choramos de felicidade e por fim de amor. Muitas lágrimas minhas neste 2011 foram de dor, mas também de tristeza, saudade e amor. Não apenas o amor romântico, mas principalmente o amor fraterno aquele que você sente pelo seu melhor amigo, ou pela sua sala (ORION linda).
E os sorrisos então, às vezes tão tímidos que não pareciam querer sorrir, mas na maioria eram gargalhadas mágicas que tiravam todo o peso das costas, que me teletransportavam para o jardim de infância onde não existia preocupação nenhuma, onde até as pessoas mais diferentes eram amigas e ninguém se importava com isso. Claro que também existiu aquele riso sarcástico, naquela situação que mais parecia uma peça que alguém tinha pregado e que mesmo assim você tinha que continuar a sorrir. Existiu o riso entre lágrimas, naquele momento que você gostaria de abraçar a pessoa e obrigá-la a ficar do seu lado, mas faz parte da vida deixar os pássaros voarem, mesmo que a sensação seja de perda, eles nunca te pertenceram ele fazem apenas parte da natureza.
E os abraços apertados que fizeram com que o mundo parasse por um segundo, aquele abraço que te acalma e que alguém te dá bem quando você está pronto a explodir. Aquele abraço que representa todo o seu porto seguro ou o abraço daquela pessoa que você tem certeza que pode tirar sua armadura. Meu Deus! Foram tantos abraços que me fizeram tão bem que hoje, percebo que talvez apenas por causa daquele abraço no momento certo, eu não rui, não despedacei inteira.
Afinal, foram tantos problemas que é difícil até lembrar, a pior parte é que nós não podemos fazer nada, ficamos apenas de mãos atadas assistindo a queda no precipício. E depois temos que aceitar as consequências, não importa quanto doa, você simplesmente precisa aprender a viver com isso. Mas, pior do que os problemas são as decepções.
Infelizmente, as decepções ocorrem não a nada que se possa fazer. Lutar contra elas, fingir que não aconteceu ou ficar remoendo-as. Nada disso adianta, elas ainda estão lá e pior, elas ainda ferem. Nem quero tocar nas feridas e cicatrizes que 2011 gerou. Aquelas bem profundas que querendo ou não ainda sangram muito, aquelas que estão infeccionadas, ou seja, exite algo dentro dela que a faz doer para que assim não se esqueça dela.
Até porque não é bom esquecer as feridas, a maioria surgiu por sua culpa e existia e existi meios de evitá-las. Mas, como tudo na vida é experiência, por algum motivo foi bom tê-las adquirido.
A melhor parte, ainda não citei, são as conquistas. Aquele resultado na prova que te faz sentir o ser humano mais feliz do planeta, ou mesmo, quando surge uma resposta para todo o seu esforço. Essa resposta que te anima a seguir em frente, mesmo com todos os contratempos, apesar de todos os obstáculos. Acho que até agora tento administrar a forma como esses resultados me afetam. Tenho medo de que ele me façam sentir melhor do que realmente sou, ou que eles me iludam.
Por fim, todos os sentimentos de 2011 não serão esquecidos. Mesmo aquela raiva que senti durante aquela discussão na sala, ou a tristeza que um simples comentário me causou, ou a felicidade de receber uma mensagem de texto mesmo que tivesse escrito apenas OI. Esses pequenos momentos mágicos que criam um emaranhado de momentos o qual chamo de vida não podem ser esquecidos, porque nunca mais viverei um ano como 2011, então não importa se são boas ou ruins as recordações devem ficar guardadas como ensinamentos, para mim ou para os outros.
Agora, estouro esse grande balão de ar que foi esse ano e peço a estrela mais brilhante que traga 2012 com sua graça, seu brilho, suas surpresas e mesmo suas lágrimas e decepções, mas principalmente traga junto um pacote cheio de superações para que esse 2012 seja um ano INCRÍVEL!!
Sem querer ser contrária aos outros extraterrestres deste meu planeta lunático, eu acho que 2011 VALEU MUITO A PENA!!!!

Obrigada a todos que fizeram parte deste ano na minha vida e um abraço especial àqueles que fizeram a diferença, neste ano e em mim.
Hoje vou me despedir de uma maneira diferente.

Beijos e muitas lágrimas e risos neste 2012
De uma menina normal!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Quero que pare de girar

As férias chegaram e por mais estranho que possa parecer o "alívio" de quem sai da rotina passou mais rápido do que o esperado. Talvez pelas bofetadas que levei, mas talvez tenha me expressado mal; não foram bofetadas, foram conquistas que tiveram o papel de bofetadas.
Mas, mesmo com todo esse paradoxo, eu voltei a ser a mesma garota de sempre. Aquela menina que não dorme a noite e fica vendo textos na internet que a fazem chorar, mas pior ainda, acho até que estou mais sensível.
Talvez seja só eu pensando nas próximas férias e, mais ainda, nas seguintes. Só que infelizmente meu planeta lunático continua a girar e nada que eu faça o impede de seguir seu rumo e manter-se nessa inercia que nada acrescenta.
Essa inércia se propaga por esse povo bobo que continua a olhar uma estrela abismados por sua beleza, sem perceber que acima deles existe toda uma abobada.
Eles olham a sombra e não percebem a vida - já teorizava Platão.
Não que eu seja muito diferente, eu sou igual. Talvez um pouco mais critica em relação às bilhões de estrelas que brilham no céu, mas mesmo assim, ainda não consigo enxergar a Lua.
Talvez enxergar a Lua seja mais um processo de amadurecimento pessoal e pode ser por isso que vejo a abobada ao invés de apenas uma.
E, é devido esse amadurecimento que minhas lágrimas veem. Infelizmente, não posso parar o tempo e seguir vários caminhos e a primeira Bifurcação a ser decidida era até que ponto eu iria para ver a Lua, o Sol e as estrelas. Expressando-me novamente do jeito errado, chega uma hora em que é preciso decidir ficar no colo da mãe e protegido de tudo ou sair, encarar o mundo, dar a cara ao tapa e conhecer mais do que sua minuscula Bola de Cristal.
Eu escolhi o mundo, mesmo com todo o sofrimento que pode gerar, as despedidas que terei que fazer e os tombos que levarei. Ainda prefiro ser a Águia do que a Galinha.
A partir dessa escolha, eu passei a encarar tudo como um grane Adeus, porque isso é um grande ADEUS.
E, por fim, cada passo torná-se mais doloroso. Infelizmente a pressão não diminui, mas um fator aumenta: A SAUDADE!!!
Saudade da infância, dos castelinhos de areia, de sentar na areia e esperar a onda te levar. Ou mesmo daquela sensação maravilhosa de orgulho e independência quando sua mãe te dá uma cópia da chave de casa. Mais tarde, esse orgulho mágico, transforma-se quando você começa a vira adolescente e então sua vida vira um pico emocional tão grande e quando você acha que a próxima fase terá seus pais te dando a mão, não! É a tão temida hora de ver se a Águia realmente voa, e apesar do medo só é necessário abrir as asas. Infelizmente, seus pais não estarão ali para te segurar antes de você cair, mas uns tropeços ou outros na vida fazem bem. Além de que você sempre poderá ligar ou visitá-los no fim de semana, só para dizer quão alto é seu voo ou como você sente falta deles.

Beijos e gritos,
De uma revolucionária qualquer