"Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia."
Dumbledore

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Lição nº1

Engraçado como as coisas acontecem na vida, não?
Quando o conheci, ele parecia o mais bobo dos meninos. Não me encantei pelo seu sorriso, não adorei o estilo do cabelo e não tivemos um encontro super ao acaso como todos descrevem o inicio de um relacionamento. Na verdade, estava predisposta a detestá-lo, estava estressada e tenho certeza que ele não se encantou por mim. Sim, isso foi totalmente fora do padrão.
A questão é que nunca me encantei pelo jeito como ele me olha e acho que isso faz com que meu sentimento seja mais real do que os outros que tive, afinal não houve idealização, não houve mitificação. Desde o início conheço seus defeitos, sei as manias que me irritam e sei aquilo que eu gosto. E mesmo que hoje estejamos distantes um do outro eu ainda me lembro todos os dias das coisas boas e ruins. Essa é a minha maneira de garantir que não o idealizarei porque todas as vezes que o fiz só me machuquei e dessa vez eu quero que seja diferente.
Então todas as manhãs, eu lembro-me daquele jeito irritante que ele tem de mexer a cabeça, mas também me lembro da maneira como ele segura a minha cintura e me faz perder a respiração.
Talvez essa nova situação em que me encontro seja a minha chance de aprender a gostar de alguém e a agir quando eu descubro que gosto.
Logo, acho que devo agradece-lo por isso mesmo que ele não saiba nem do que estou falando rs

Obrigada ^^

domingo, 9 de junho de 2013

Sozinha no meu quarto, tomada por pensamentos

Perder a fé na humanidade, nada tão duro nem tão cruel. Chega a causar uma dor que pesa nos ombros e escorre pelos olhos.
Se não tenho fé naqueles que me acompanham e em mim, em quem terei? Quem será a criatura que carregará nas costas o fardo da minha fé? Não sei se sem fé naquilo que vivo posso continuar caminhando. Um passou, dois, tudo parece tão mais doloroso quando não há nada para se apoiar nem mesmo aquela sementinha de esperança cultivada no coração parece disposta a germinar, mesmo as melhores pessoas parecem te dar as costas. Mas, eu sei, sei que não foram elas que se afastaram, sei que fui eu que me distanciei; distanciei-me por medo porque a ausência de fé causa medo.
Perder a fé nos homens é como se algo morresse dentro de você, como se, lentamente, esse algo fosse perdendo a cor, o brilho até que chegasse o momento, assim de repente, que você não conseguisse mais sentir a respiração e um silêncio fúnebre tomasse conta de você. 
Agora, como levantar todas as manhãs com esse silêncio que me toma o corpo, inunda o estomago e se enrosca no coração?

Reflexões profundas sobre Verde Musgo

Descreveram-me usando uma cor: Verde musgo!
Fiquei algumas horas tentando desvendar porque essa cor, no fim, quando já havia desistido entendi!

Verde Musgo!
E a primeira coisa que me vem à cabeça é uma floresta bem ao estilo da descrita por Stephenie Meyer, bem escura sombria, apenas uma fresta de luz ilumina um ponto qualquer, tudo tudo coberto de verde, mal se vê o marrom dos caules.
Agora, o que isso diz sobre mim?
Diz muito!
Porque essa imagem que descrevi transmite-me dois sentimentos diversos. Ao mesmo tempo que sinto a paz do ambiente, o silêncio, a solidão que, às vezes, preciso, o refugio, o contato com a natureza, a harmonia, como se lá eu fosse inteira e completa; eu também sinto o medo, o sombrio, a dor, o perigo a espreita, a fuga, a solidão que, às vezes, não quero, o exílio, o desespero, como se estivesse lá porque não tenho mais lugar no mundo.
Eis que assim me descrevo como sou, sempre andando numa corda bamba. Sou tão instável quanto o vento, num momento, demostrando toda a sua ira, em outro, demonstrando toda sua calma e amor. Talvez eu seja mesmo, uma eterna briga entre furacões e brisas, entre ondas e marolas, entre tempestades e chuvisco. 
Nunca sei o que sinto, muito menos trago aquele equilíbrio emocional que muitos esperam. Sou intensa e incompleta e nunca imaginei que uma cor pudesse me traduzir tão bem. Verde musgo, a cor que possui tantas leituras, aquela que encontramos no exato equilíbrio entre o medo e a paz, o abandono e a necessidade de solidão, entre o sol e as árvores.
Pois é, talvez eu seja um completo verde-musgo, uma equilibrista perdida do seu circo, um fenômeno da natureza irado e amável ao mesmo tempo. Uma incompleta bipolar!