"Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia."
Dumbledore

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Das vezes que me senti infinita com você


"As luzes nos prédios e todo o resto eram maravilhosos. Sam se sentou e começou a rir. Patrick também riu. Eu comecei a rir. E naquele momento eu seria capaz de jurar que éramos infinitos." (As vantagens de ser invisível)


Eu descobri que era você, naquela noite em que saímos olhar as estrelas. Enquanto estávamos sentados juntos olhando a lua linda no céu, uma sensação tão mágica me tomou, que comecei a chorar baixinho. Quando você percebeu, entrou em panico, mas o choro já tinha tomado tal proporção que era difícil te explicar que eu estava completamente feliz, mais feliz do que jamais achei que pudesse ser.
Você deitou minha cabeça em seu ombro e ali eu me senti infinita. Nada nem ninguém poderia entender a grandeza desse momento, apenas nós. Eramos só nós.
Naquela madrugada, não consegui dormir pensando em você. Toda vez que me lembrava, sentia que era ali o meu lugar.
O meu lugar é nos seus braços, nos seus lábios, colada ao seu corpo. Estar com você é me transbordar de mim mesma. É me sentir a menina mais sortuda do mundo sentada no seu sofá, mexendo no seu cabelo. E, no dia seguinte, quando me perguntou por quê eu chorei daquele jeito, minha única resposta foi: Me senti Infinita.
Você sorriu, aquele sorriso só seu, passou a mão levemente no cabelo e me olhou nos olhos. E na porta da minha casa, com a minha mãe na cozinha preparando o almoço, você me beijou pela primeira vez. Eu me senti como se fosse meu primeiro beijo, como se tudo o que tivesse acontecido no passado não importasse. Foi tão breve, mas ao mesmo tempo tão longo, teve gostinho de fuga e rebeldia. Abrimos os olhos e ficamos naquele silêncio que pareceu preencher tudo. Não foi incomodo, porque mesmo sem palavras, nossos olhos transmitiam tudo o que precisava ser dito. Naquele dia, mais uma vez me senti infinita, era como se houvesse tanto de mim e tanto de você que o Universo fosse apenas nós dois.
Depois que você foi embora e eu fiquei apenas com a lembrança do ocorrido, tenho que te contar que não consegui mais fazer nada no dia, estava distraída, nas nuvens, num planeta só nosso. Fui para o quarto só para poder suspirar e fazer cara de boba apaixonada sem que ninguém fizesse perguntas. E ali fiquei, pensando em nós dois.
Você foi o primeiro cara que considerei levar para os meus pais conhecerem. Você foi o primeiro garoto que eu convidei para o churrasco da família. Você foi o primeiro a conhecer minha bisavó e os meus tios. Quando te vi sentado junto deles, eu tenho que confessar que sorri. Te olhando lá, eu percebi que talvez aquele pudesse ser também o seu lugar. Eu cheguei pelas suas costas e te dei um leve beijo no pescoço, então, habilmente, você me sentou no seu colo e me beijou de verdade. Ninguém falou nada, nem os meus tios xingaram por eu estar sentada no seu colo. Então, novamente, eu me senti infinita.
É você aquele que tem a capacidade de me fazer sorrir apenas com o olhar, aquele que é capaz de me fazer sentir única, aquele que parece pertencer a minha família tanto quanto eu. É você aquele que me faz infinita.



2 comentários:

  1. Uma grande bosta. Cresça garota, você não tem mais 12 anos pra ficar fazendo estas gracinhas de paixonite e platonismo. Hora de acordar do mundo paralelo e virar gente adulta, afinal, você já está indo para a faculdade. Essas garotas de hoje em dia... tsc tsc

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  2. *Bom, vou explicar a ideia do blog. Como são textos FICCIONAIS, a narradora-personagem pode ter qualquer idade (isso quer dizer que ela pode ter 12 anos - usando seu exemplo preconceituoso).
    *O amor descrito e narrado no texto NÃO pode ser considerado platônico porque o alvo da paixão sabe sobre e compartilha do mesmo sentimento.
    *Na minha visão de mundo, "entrar para a vida adulta"/ir para a faculdade não impede alguém de ter um romance ou se apaixonar (se no seu mundo impede, eu sinto muito por você).
    *Enfim, a temática do meu blog é essa de textos "românticos" ou sobre "relacionamentos", então se você não curtiu, eu sinto muito, mas esse blog não é destinado a você.
    *Eu aceito criticas CONSTRUTIVAS e seu comentário não teve nada de construtivo, então se houver um outro do mesmo estilo, eu deletarei (Essa parte é mais um aviso para outras pessoas, porque, de verdade, não faz diferença na minha vida você ler meu blog).
    Ps: Fico honrada, mas não generalize, principalmente, definindo uma "geração" por UM texto ou um blog, ou uma pessoa. Se tem algo que eu não sou é padrão de comportamento da "minha geração".

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