Você tem essa benção toda de Apolo, essa capacidade de ser sol. E eu, logo, cai em suas garras. E cá estou eu; pendendo entre seus dedos; tentando, desesperadamente, não implorar.
Como cheguei até aqui? Ao certo, não sei. Só sei que me joguei nos seus braços e a névoa que te envolve apagou minha memória por completo. Esqueci o passado, apaguei as cicatrizes, fechei as feridas; tudo para que, de novo, eu tivesse a chance de recomeçar. Graças a você, recebi o benefício de tentar, mais uma vez, unir meu lado Afrodite e Atenas.
Eu mais madura e menos cheia de tabus, menos medrosa e mais pé no chão. Eu menos menina e mais mulher. Eu mais dona do meu próprio destino, mais heroína, menos donzela em perigo. E, acredite ou não, eu mudei tanto quanto descrevo.
Porém, nem tudo mudou. Você é bom para mim, mas existe uma outra menina que é boa para você. Uma flecha cruzada do Cúpido, DOR, a primeira ferida depois que seus dons de Apolo me curaram. Mais do que o primeiro machucado, essa é também a primeira vez que fui confrontada.
Precisei decidir se lutaria por você ou, simplesmente, aceitaria que nem todas as flechas do filho da Deusa do Amor tem par. Algumas vezes, ele, entediado, apenas sai para brincar. Mesmo tomada a decisão, não consigo me afastar de você. Você me enfeitiça; encanto-me com a sua música, com seus cuidados, com seu poder de aquecer e acalentar a mais perdida das almas, a mais oposta das abençoadas.
E, finalmente, encontro forças para partir. Deixo para trás meu lado Afrodite e meu lado Atenas e rezo para que Ártemis me aceite como uma das suas.
Apolo Fonte: Arcosart |
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